sexta-feira, 27 de maio de 2011

Se eu sinto sua falta vinte e quatro horas por dia? Sendo sincera, não. Eu sinto a tua falta naqueles momentos pequenos, como quando olho pela janela e vejo que o céu está com uma coloração incomum ou quando olho para o meu celular e vejo aquela foto nossa. Se eu sinto a sua falta quando vejo outros casais? Não. Outros casais são apenas isso: outros casais. Não possuem a nossa alegria, o nosso afeto e o nosso jeito atípico de amar. Eu sinto sua falta quando preciso daquele abraço só seu, quando lembro de suas piadas sem sentido, dos seus olhos infinitos e do seu perfume embriagante, quando leio um livro que você adoraria e quando vou dormir sem ter tido seus beijos por um segundo sequer. Você está aço, uma presença tão ausente o tempo todo, que na minha mente oscila entre tão-ao-meu-lado e tão-distante em questão de minutos. Os minutos que gasto sem pensar em você são minutos sem um aperto no coração, sem uma fisgada na respiração, sem olhos lacrimejantes. São minutos muito vazios. Eu te quero aqui, comigo, nem que seja em pensamentos de como a saudade dói, aperta, esmaga, sangra – mas, sabendo que logo te terei aqui comigo, ela é a melhor dor do mundo.
Poor: Fernanda K. Ortolan.

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